Com os rostos tapados por máscaras, os estudantes denunciaram o que afirmam ser casos de carência e fome em resultado da perda de bolsas por alteração de critérios."Se o Ensino Superior e os estudantes que o frequentam têm atravessado ao longo dos anos tempos difíceis, num ano em que o país atravessa uma crise económica a situação agudizou-se ainda mais", declarava esta tarde Jorge Serrote, presidente da Associação Académica de Coimbra (AAC), quando se dirigia aos manifestantes. Perante as dezenas de alunos que manifestavam "vergonha" por terem de abandonar o ensino por razões económicas, o líder estudantil considerou que "é numa época de crise que um Governo deve tomar mais medidas sociais, garantindo que os mais desfavorecidos não são tão afectados". "Por isso, o actual panorama da Acção Social no Ensino Superior português tem de sofrer mudanças significativas", exigiu Jorge Serrote, ao garantir que existem casos graves de carência após a perda de bolsas por alteração de critérios ou na sequência de os pais dos alunos terem perdido o emprego.
AAC lamenta que estudantes tenham de recorrer ao Banco Alimentar
Jorge Serrote aproveitou a manifestação desta tarde para apontar as situações que no entender da AAC põem em causa a política de acesso universal ao Ensino. "Quando estudantes têm de recorrer ao Banco Alimentar Contra a Fome para se alimentarem, temos a prova de que a Acção Social em Portugal está a falhar, sendo inaceitáveis que situações como esta existam no nosso país", denunciou o presidente da Associação Académica de Coimbra. O dirigente estudantil enumerou ainda os casos em que "estudantes que não têm dinheiro suficiente para pagar propinas, para continuar os seus estudos, nem, por vezes, para se alimentarem", lamentando a existência destes casos "que não se compadecem com um Estado que assegura o acesso de todos ao ensino".
Caros krommáticos:
ResponderEliminarFoi com algum contentamento e alguma nostalgia que vi os estudantes Universitários manifestarem-se por razões mais que justas com as arbitrariedades que se passam no Ensino em Portugal e no Superior em particular.
Os estudantes da UC têm responsabilidades sociais para mostrar a sua indignação perante tantas coisas.
Há que recordar aos jovens que a crise de 69 despoletou muita coisa neste País que teve repercussões de âmbito Nacional e partiu precisamente desta cidade.
Existem motivos mais que suficientes para se revoltarem pelo estado a que chegou o ensino Universitário.
Força malta!
Hoje há liberdade para se poder ouvir a vossa voz sem ter medo que a PIDE vos possa prender.
Um abraço Krommático
Vladimiro