domingo, 17 de maio de 2009

OLÉ DOMINGOS, OLÉ

Dizer-se que Coimbra tem mais encanto na hora da despedida é um lugar-comum. Mas ontem a cidade dos estudantes teve mesmo mais encanto na hora em que Domingos Paciência orientou a Académica pela última vez perante os seus adeptos.

Foi essencialmente graças às mudanças operadas pelo treinador que a Briosa conseguiu dar a volta a uma situação que pareceu muito complicada. A Naval foi, durante 60 minutos, uma equipa parecida com a que fez uma primeira volta de bom nível, mas na meia hora final entrou em descalabro, não se encontrando pela avalancha ofensiva dos donos da casa.

O encontro teve uma fase inicial de estudo demasiado longa. Assim, quando a Naval inaugurou o marcador através de um lance de bola parada, ninguém merecia estar por cima, mas o facto é que pela organização e pela forma audaz como encararam a posição de vantagem, os figueirenses justificaram a superioridade até ao descanso.

Só que do outro lado estava um treinador atento. Domingos não perdeu tempo e começou por mudar ao intervalo com a entrada de Saleiro; à primeira substituição a face do jogo não mudou e a Naval ainda acertou uma bola no poste. Foram então necessárias mais duas alterações e ainda Hélder Cabral (a terceira opção) se estava a posicionar em campo, quando Éder (o segundo a entrar) encontrava o caminho da baliza de Peiser. Estava feito o empate e ateado o rastilho para sete minutos de grande fulgor, em que a Briosa atropelou o vizinho.

Apesar do resultado, por influências alheias a Naval alcançou ontem a manutenção. Mas os louros de jogo vão inteirinhos para Domingos Paciência, que até teve direito a olés, como já não ouvia desde o tempo de jogador.

A Académica ainda sonha com a melhor classificação dos últimos 25 anos e o treinador já deixa saudades.
Tiago Lemos

2 comentários:

  1. A alegria de quem ganha, está bem patente nesta foto. Para mim e, penso que para todos os que gostam da Académica, foram uns verdadeiros campeões.
    A iniciativa do Fernando, foi fantástica. Não podia haver melhor despedida do que esta.
    ESTÃO TODOS DE PARABÉNS.
    Brioooooooooosa!

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  2. Caros Krommus.
    A leitura do jogo, feita pelo Krommu Tião, qual Luís de Freitas Lobo de Coimbra (ou será este o Tião de Lisboa?) está correcta, tal como o resultado da 1ª. parte já que nunca nos encontrámos, e a Naval estava a jogar bem até Domingos mexer na equipa e virar por completo o jogo.
    Mais uma vez, o treinador ganha mais um jogo no banco. E é aqui que se vê quem tem olhinhos. Não é só mudar por mudar. Assim dá gosto ver futebol, pois quando se fazem substituições, é apara alterar o rumo dso acontecimentos como sucedeu.
    Realmente, Domingos, se se for embora já é uma saudade. Ficará, indelevelmente, na História da Briosa! E realmente tem mais encanto, na hora da despedida!
    É dos treinadores que terá sempre as portas abertas, ou melhor escancaradas!
    Já ganhámos o titulo para os "berçários" e fiacremos à frente deles.
    Um abraço Krommático
    Vladimiro

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