Está a chegar ao fim mais uma época desportiva futebolística.
Este defeso vai pôr a nú um futebol pôdre que reina em Portugal.
Tudo termina em Maio, mas haverá o Mundial que vai aflorar ainda mais, tudo o que de mau existe no nosso futebol.
Os clubes pagam, normalmente, 10 meses de ordenados ao jogadores.
Ora, acontece, que com o evento à escala do Planeta, os torneios deixarão de se fazer e não se farão receitas para cobrir despesas com contratações, funcionários dos clubes e as despesas correntes.
Há imensos clubes, já nesta altura, com grandes problemas de tesouraria que se irão agravar com este interregno de Junho-Julho.
Prevejo que mais casos de insolvência das instituições desportivas se efectuarão.
O futebol Português está a viver acima das suas posses, e ou se arranja uma plataforma de entendimento quanto a salários e prémios ou toda a estrutura terá que ser modificada.
Se nada disto suceder, muitas alterações haverá na formação das Ligas para a próxima época.
Mas não se pense que isto sucederá apenas com os clubes de menor dimensão. Também os de maiores posses passarão pelo mesmo, na medida em que a maior parte dos seus jogadores farão parte das respectivas selecções e não estarão à disposição de quem lhes paga.
Os clubes têm que se redimensionar a nível dos tectos salariais, já que estão a viver muito acima das suas posses.
Que interesse tem em se ser campeão, apurar-se para as competições europeias, subir de divisão se depois não é suportável, aguentar toda uma época de despesas enormes?
Infelizmente essas agremiações estão entregues a presidentes aventureiros, que não gerem de forma condigna uma empresa que é o clube que dirigem?
Só se se pensar que o último apague a luz!
Mas isto não é a solução!
Infelizmente, tudo isto é verdade. Mas não podemos dissociarmo-nos de outra realidade bem mais dura e que se prende com o facto de sermos um país que está inserido num continente europeu cada vez mais envelhecido e pobre. Além destes factores, que são determinantes, não nos podemos esquecer de que somos um país europeu periférico, não só geograficamente e economicamente, mas também futebolísticamente. Ou seja, enquanto não houver por parte dos maiores clubes europeus uma atitude séria e firme, no que diz respeito ao estabelecimento de um "tecto salarial" face aos valores dos vencimentos de atletas e dirigentes, dos passes dos jogadores, versus as receitas, nomeadamente da publicidade envolvida, das transmissões televisivas, etc, etc, etc, junto da UEFA, nada de novo se passará, para além da falência das pequenas estruturas. Na verdade, estes pequenos clubes, dificilmente sobreviverão como estruturas profissionais, se não houver uma clara inversão de posições.
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