quarta-feira, 14 de abril de 2010

FALECEU UM AMIGO


É hora de partir, meus irmãos, minhas irmãs

Eu já devolvi as chaves da minha porta
E desisto de qualquer direito à minha casa.
Fomos vizinhos durante muito tempo
E recebi mais do que pude dar.
Agora vai raiando o dia
E a lâmpada que iluminava o meu canto escuro
Apagou-se.
Veio a intimação e estou pronto para a minha jornada.
Não indaguem sobre o que levo comigo.
Sigo de mãos vazias e o coração confiante.

Rabindranath Tagore


2 comentários:

  1. AMIGOS EXISTEM POUCOS, SE ASSIM FOI UM FORTE ABRAÇO AO TIÃO.

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  2. Não encontro palavras para descrever o que sinto dentro de mim. Ainda ontem me tinhas dito que acabavas de ser internado e que por esse facto, uma nova esperança para a resolução do teu problema renascia. Afinal, o que tu me querias dizer, embora por outras palavras, era que ias partir. Da alegria e contentamento de ontem, saltei, como passe de magia, para a angústia e tristeza de hoje.
    Partes de mãos vazias, como diz o poema, mas deixas uma imensidão de carinho e amizade, junto de todos aqueles que te mereceram ter como colega e amigo.
    Até sempre!

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