No "Diário Económico" desta semana saiu este cabeçalho de uma entrevista que este "senhor" deu após deixar o cargo de presidente da CIP, e que a revista "Sábado" transcreveu.
Ora, se bem se lembram o Pacto Social reuniu há dois anos (onde a CIP também acordou!) e ficou definido de que o ordenado mínimo passaria, em 2009, para 450€, em 2010 para 475€ e 2011 para 500€.
Este ano mesmo "senhor" veio a lume dizer que era incomportável para o patronato pagar este aumento.
Agora, na hora de saída, vem com esta frase, o que demonstra a seriedade com que os patrões, discutem estas coisas.
Claro que toda a gente sabe que se tem de fazer das tripas coração, para se viver (se se chama a isto viver!) com esta esmola.
São os políticos, os dirigentes e quem tem poder, com que lidamos todos os dias.
Para quem é Eng. Químico, e faz parte da administração da Induger (Energia e Serviços), é administrador da Metal Portuguesa, foi até hoje presidente da CIP e ainda é presidente da Comissão Esp. Política Econ. e Fiscal, será difícil e ao mesmo tempo natural as dificuldades de imaginação do Sr. Van Zeller. No entanto, se esta observação é sincera, por que é que este senhor não experimenta retirar 450€ do seu rendimento e viver com este valor durante um mês. Começa a comprar o pão, o peixe, a carne, a fruta, os medicamentos, a pagar a renda, a água, a luz,uma roupita, etc, etc. Se de facto não SABE como viver uma situação destas, penso que seria um desafio sensato e corajoso. Se não PERCEBE, aí o caso é bem mais grave uma vez que gostaríamos de saber porque é que afirmou várias vezes que aumentar os salários, seria um autêntico suicídio para o patronato e portanto os ordenados deveriam ser congelados para o ano de 2010. É que com esta posição o Sr. Van Zeller acabou por considerar que os 450€ (Ordenado mínimo)afinal de contas, seria um valor suficiente para viver. Isto para os outros, claro, porque para ele, nunca.
ResponderEliminarAo Sr. Van Zeller, o melhor que podia ter feito, era estar calado e ter vergonha para com aqueles que vão conseguindo enganar a vida com os "volumosos" 450€. Que triste país este!