segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

12 MESES 12 IMAGENS

JANEIRO

Pedro Roma deixava de ser o capitão da equipa da Académica. O capitão da Académica, Pedro Roma, resolvia declinar o cargo para o qual tinha sido eleito pelo plantel no princípio da época, numa nomeação que, aliás, já se repetia nos últimos anos. A renúncia ao cargo, ficaria a dever-se a uma entrevista concedida por Domingos Paciência. Este mês seria favorável a Peskovic uma vez que seria premiado pelo SJPF como jogador do mês.


FEVEREIRO

O atleta da Académica Garcês, desaparecido desde o Natal e que chegou a ser dado como tendo sido assassinado, era encontrado de boa saúde e a viver descontraidamente na sua terra natal, Puerto Gamito, no Panamá. Este mês também acabaria por ficar marcado pelas manifestações de protesto da Mancha Negra junto ao Bolão, com tarjas escritas, de onde se destacava a inscrição “Vergonhoso!” e ainda “Não merecem um fardo de palha…”.


MARÇO

O jornalista João Mesquita morria neste dia de madrugada, vítima de doença pulmonar. O autor do livro “Académica - História do Futebol”, conjuntamente com João Santana, era um indefectível adepto da Académica. Ao partir prematuramente, deixou a Briosa mais pobre. Resta-nos perpetuar o seu nome e a sua emblemática obra literária. Neste período, assinalava-se mais um aniversário da melhor claque do mundo, Mancha Negra.


ABRIL

Depois de terem andado toda a semana a pedir “vingança” e a colocar papéis nas portas dos balneários dos jogadores do Benfica com as declarações (mal interpretadas) de Nuno Piloto, a Académica deslocava-se ao estádio da Luz e vencia por um a zero os lampiões. O dia 11 de Abril tornaria a ser fatídico para os encarnados. Ainda durante este mês, cinco juniores da Académica seriam convocados para fazerem parte da Selecção Nacional Sub 18.


MAIO

Com a época futebolística a chegar ao seu final, Domingos Paciência deixava a Académica e partia para outros rumos a fim de tentar alcançar outros objectivos e metas na sua carreira pessoal. Após dois anos a treinar a Académica, Domingos conseguia uma das melhores classificações de sempre, deixando a equipa num honroso sétimo lugar. A sua saída acabaria por deixar muitas saudades aos sócios e simpatizantes da Briosa. A Queima das Fitas deste ano, acabava de completar os 110 anos de vida académica.


JUNHO

Nesta data, era anunciado pela direcção da Académica em comunicado oficial, o nome de Rogério Gonçalves como o novo treinador da Briosa, assim como a restante equipa técnica, para a nova época de 2009/2010. Poucos dias depois, Jorge Alexandre, vice-presidente da Briosa com o pelouro do Departamento de Futebol, batia com a porta e apresentava a sua demissão. Os jornais noticiavam em manchete que a Briosa tinha as suas contas penhoradas. Ainda durante este mês, Nuno Piloto comunicava à direcção da Briosa a sua intenção em sair, aceitando o convite do Iraklis da Grécia.


JULHO

Neste dia, a Académica acabava de perder mais um dos seus ícones. O falecimento do atleta e dirigente Vasco Gervásio acabava por gerar forte consternação no seio da Briosa. Este grande capitão deixou muitas saudades a todos os amantes da Académica visto que para além do futebol, estávamos em presença de um homem com grande carácter. Como o espírito académico nunca morre, Ricardo Martins “Libelinha”, apresentava o seu documentário “Futebol de Causas” centrado na ligação dos jogadores à política, da década de 50 ao ano de 1974, para posteriormente ser exibido na RTP.


AGOSTO

Nos primeiros dias deste mês, a Académica participava no Torneio de Espinho com um saldo de duas derrotas. A Académica apresentava o seu novo equipamento já com a inscrição do novo patrocinador. Três dias depois, começava a Liga Sagres, com a Académica a deslocar-se a Braga e reencontrar o antigo treinador Domingos Paciência. Por esta altura, continuava a novela “Garcês”, com uma possível ida por empréstimo para a Arábia Saudita.


SETEMBRO

No início do mês, chegavam a Coimbra alguns reforços como o João Ribeiro ou mesmo o Nuno Coelho. Porém, nesta altura, a Briosa partia para o seu quinto jogo e ainda só tinha conseguido amealhar um único ponto. A contestação a Rogério Gonçalves começou a ser uma constante, face aos resultados alcançados. A direcção ponderava a demissão do treinador.


OUTUBRO

Como era esperado, após a derrota caseira com o Marítimo por 4-2, o treinador não viria a conseguir aguentar a pressão exercida pela massa associativa e seria demitido. A escolha de JES veio a verificar-se um autêntico “flop”. Foram 115 dias negros que, juntamente com a célebre frase “O futuro a Deus pertence”, passarão a ficar para a história do senhor Rogério Gonçalves. Passados cerca de oito dias, a Académica apresentava o seu novo treinador, de seu nome André Vilas Boas. O adjunto de José Mourinho iniciava, desta forma, a sua carreira de treinador principal.


NOVEMBRO

A Académica chegava finalmente às vitórias. Os métodos introduzidos pelo novo treinador acabariam por trazer a alegria e a confiança que faltava ao grupo de trabalho. A partir de agora seria possível ver uma equipa que, embora perdendo alguns jogos, demonstrava que sabia o que estava a fazer em campo. Este mês também acabaria por ficar marcado por mais duas situações distintas. A primeira, pela possível transferência de AVB para o Sporting o que após a intoxicação jornalística criada, não abalou a personalidade do treinador da Briosa. A segunda trazia de novo a tristeza ao seio da Briosa, pelo facto do falecimento do Dr. Joaquim Isabelinha, sócio número 1 da A A C-oaf.


DEZEMBRO

A Académica acabava o ano de 2009 em sua casa, com três vitórias consecutivas. Neste mês, conseguia também libertar-se dos últimos lugares da tabela classificativa, demonstrando as qualidades do futebol praticado. Noutro âmbito, este mês acabaria por trazer à estampa, mais uma acusação de um crime por corrupção passiva para acto ilícito, apontado a José Eduardo Simões. Mas como nem tudo pode ser sempre mau, seria dada razão à Académica pelo CJ, na sequência do recurso interposto no caso da Taça da Liga. Desta forma, a Briosa, na pessoa de André V. Boas, demonstrava grande profissionalismo e, por esse facto, conseguiria prosseguir com todo o mérito, na terceira fase da referida Taça da Liga.

Esta breve resenha do ano de 2009 visa unicamente os doze meses do ano e não a época desportiva como facilmente se percebe. Por isso mesmo, a ideia foi escolher e apresentar os momentos considerados mais relevantes, tendo como base a Académica. Uma nota final, para o facto de ter sido um ano particularmente triste, uma vez que se perderam verdadeiros símbolos da Associação Académica de Coimbra.



2 comentários:

  1. Caros Krommus:
    Bom apanhado do anos de 2009!
    Coisas boas e coisas más, como em tudo na vida!
    Mas tirando a parte desporiva, que até foi razoável, lamento aqui, mais uma vez, o falecimento de João Mesquita, Vasco Gervásio e o Dr. Isabelinha.
    São talvez o mais marcantes, pela negativa.
    Parabéns Tião.
    Um abraço Krommático
    Vladimiro

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  2. Caros Krommus:
    Nesta resenha do que foi o ano de 2009, gostaria de acrescentar, infelizmente, o desaparecimento de um Homem que marcou a vida da Académica de uma forma bastante acentuada: MÁRIO MEXIA.
    Por lapso, o nosso Krommu Tião, não o inseriu, mas não podemos deixar de o referenciar.
    Mário Mexia foi um marco no panorama do Basquetebol Português ao longo dos tempos.
    Daí o mencionar para que esta cronologia fique devidamente marcada.
    Um abraço Krommático
    Vladimiro

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