Coincidências à parte, a Académica tem estado sempre ligada - na maioria das vezes - às recuperações de variadíssima ordem, dos seus adversários. Neste caso, o Sporting lutava desesperadamente pela sua primeira vitória e, paralelamente, o mais recente cidadão português, de seu nome Liédson da Silva Muniz, queria quebrar o jejum prolongado de golos. Para que tudo isto se concretizasse, nada melhor do que uma ida a Coimbra e defrontar uma Briosa que está a custar a arrancar. A resposta ao desejo manifestado, não podia ter sido melhor. Os deuses dos céus de Coimbra reuniram-se e satisfizeram as mais diversas vontades, incluindo a do Simon Vukcevic que, quando entrou para substituir Pereirinha olhou para o céu como que a relembrar o pedido anteriormente feito.
Quanto ao jogo que a Académica disputou, não há deus que lhe acuda se não arrepiar caminho. É que, se tivermos em linha de conta o jogo que a Académica desenvolveu em Braga, na primeira jornada, e que nos deixou com boas indicações, apetece-me dizer que esta equipa “andou para trás”. Além disso, não nos podemos esquecer que na época transacta, à terceira jornada já somávamos seis pontos, fruto das vitórias caseiras frente ao Rio Ave e V. Setúbal.
Este foi o segundo jogo em casa em que a equipa tem um bom desempenho no período inicial mas que depois parece não conseguir desenvolver todo o seu potencial, ficando à mercê do adversário, denotando muita instabilidade e falta de motivação. Neste encontro, não consegui “ver” o Lito, muito “apagado”, o Miguel Pedro, que para mim, a jogar daquela maneira nunca era titular, o Cris, com uma desmotivação enorme, o próprio Orlando, muito atabalhoado, etc,etc.
Continuo sem entender aquilo que este treinador pretende. A Académica, perante um adversário que se apresentou notoriamente fragilizado, (veja-se as declarações de Paulo Bento) só tinha que assumir o jogo, e manifestar no campo uma vontade inegável de vencer. É disso que os sócios e os adeptos da Académica querem e desejam.
Para mim, um treinador não pode vir dizer que “…a espaços batemo-nos bem…” ; “…não temos sido felizes…” ; ”…gostávamos de ter todo o plantel disponível…” ; “…o Sporting depois também cresceu…” ; “…e depois da expulsão tudo se complicou…”, etc, etc. Não acredito que com este tipo de discurso, acentuadamente negativista e desculpabilizante, alguém seja capaz de moralizar e motivar um conjunto de homens que na época passada, mesmo sem se conhecerem entre si, apresentavam muito mais dinâmica e muito mais entrosamento. É verdade que a Académica teve razões de queixa da dualidade de critérios do árbitro (expulsão do Pedro Silva e penalti por marcar no lance com Licá) e também é verdade que a Académica podia ter chegado ao golo através do Paulo Sérgio mas, estes três lances são muito pouco num universo de noventa minutos, embora todos saibamos que, a concretizar-se um ou outro destes lances, a história do jogo não seria a mesma. Ainda neste âmbito, também não podemos esquecer a bola na barra do Djaló que ao entrar, também alteraria o rumo dos acontecimentos. No entanto, penso que estas condicionantes deveriam ser uma motivação adicional para ter enfrentado o jogo com outro espírito. Uma outra situação, foi o facto de a dado momento do jogo, os dois laterais do Sporting estarem “amarelados” e não se ter visto a equipa da Académica a explorar essa fragilidade, com jogadas de insistência pelas laterais, a fim de procurar e/ou provocar a falta e o consequente cartão. Enfim!
Num jogo fraco, acabou por vencer a equipa que mais procurou ganhar e que melhor aproveitou as debilidades do seu adversário.
Com mais um jogo disputado, começo a não ter dúvidas que a jogar para o “pontinho”, não iremos conseguir alcançar os objectivos traçados para esta época.
Segue-se um intervalo de duas semanas e, por isso, vamos esperar que este “puzzle” que se chama Académica, encaixe de uma vez por todas e comece a jogar para ganhar já no próximo confronto frente ao promovido Olhanense.
31.08.09
[Dr. Kanelada]
Este foi o segundo jogo em casa em que a equipa tem um bom desempenho no período inicial mas que depois parece não conseguir desenvolver todo o seu potencial, ficando à mercê do adversário, denotando muita instabilidade e falta de motivação. Neste encontro, não consegui “ver” o Lito, muito “apagado”, o Miguel Pedro, que para mim, a jogar daquela maneira nunca era titular, o Cris, com uma desmotivação enorme, o próprio Orlando, muito atabalhoado, etc,etc.
Continuo sem entender aquilo que este treinador pretende. A Académica, perante um adversário que se apresentou notoriamente fragilizado, (veja-se as declarações de Paulo Bento) só tinha que assumir o jogo, e manifestar no campo uma vontade inegável de vencer. É disso que os sócios e os adeptos da Académica querem e desejam.
Para mim, um treinador não pode vir dizer que “…a espaços batemo-nos bem…” ; “…não temos sido felizes…” ; ”…gostávamos de ter todo o plantel disponível…” ; “…o Sporting depois também cresceu…” ; “…e depois da expulsão tudo se complicou…”, etc, etc. Não acredito que com este tipo de discurso, acentuadamente negativista e desculpabilizante, alguém seja capaz de moralizar e motivar um conjunto de homens que na época passada, mesmo sem se conhecerem entre si, apresentavam muito mais dinâmica e muito mais entrosamento. É verdade que a Académica teve razões de queixa da dualidade de critérios do árbitro (expulsão do Pedro Silva e penalti por marcar no lance com Licá) e também é verdade que a Académica podia ter chegado ao golo através do Paulo Sérgio mas, estes três lances são muito pouco num universo de noventa minutos, embora todos saibamos que, a concretizar-se um ou outro destes lances, a história do jogo não seria a mesma. Ainda neste âmbito, também não podemos esquecer a bola na barra do Djaló que ao entrar, também alteraria o rumo dos acontecimentos. No entanto, penso que estas condicionantes deveriam ser uma motivação adicional para ter enfrentado o jogo com outro espírito. Uma outra situação, foi o facto de a dado momento do jogo, os dois laterais do Sporting estarem “amarelados” e não se ter visto a equipa da Académica a explorar essa fragilidade, com jogadas de insistência pelas laterais, a fim de procurar e/ou provocar a falta e o consequente cartão. Enfim!
Num jogo fraco, acabou por vencer a equipa que mais procurou ganhar e que melhor aproveitou as debilidades do seu adversário.
Com mais um jogo disputado, começo a não ter dúvidas que a jogar para o “pontinho”, não iremos conseguir alcançar os objectivos traçados para esta época.
Segue-se um intervalo de duas semanas e, por isso, vamos esperar que este “puzzle” que se chama Académica, encaixe de uma vez por todas e comece a jogar para ganhar já no próximo confronto frente ao promovido Olhanense.
31.08.09
[Dr. Kanelada]
Caros Krommus:
ResponderEliminarEste comentário do Tião é elucidativo do que toda a gente vê!
Já perguntei porque é que uma equipa que o ano passado ficou em 7º. lugar, apresenta uma performance tão pobrezinha e sem chama não transmitindo qualquer esperança para o futuro.
Um abraço Krommático
Vladimiro