História do Carnaval
Muitas são as teorias e opiniões sobre a origem do Carnaval. Mas numa ideia todas elas convergem: a transgressão, o corpo, o prazer, a carne, a festa, a dança, a música, a arte, a celebração, a inversão de papéis, as cores e a alegria, fazem parte da matriz genética de uma das manifestações populares mais belas do Mundo. Provavelmente terá tido origem no Antigo Egipto, ou mesmo muito antes. Frequentemente, foi alvo da repressão de quem não tolerava a subversão de um mundo virado do avesso.
Há efectivamente duas correntes distintas na abordagem da origem da palavra e que se baseiam em duas oposições hoje presentes nas celebrações do Carnaval.
A primeira é a oposição entre a ordem e a desordem, entre o mundo visível e quotidiano e as pulsões inconscientes, entre a representação e a vontade, entre o mundo que vemos e o mundo visto de cabeça para baixo. Nesta linha, a palavra «Carnaval» teria a sua origem no vocábulo latino Carrum Navalis, os carros navais que faziam a abertura das Dionísias Gregas nos séculos VII e VI a.C., e onde a euforia e a inversão de valores se estendiam pelas ruas das cidades.
A segunda oposição, com origem marcadamente cristã, é entre a Quaresma e o Carnaval, ou entre a terça-feira de Carnaval e a Quarta-feira de Cinzas (que marca a entrada no período da Quaresma). A palavra terá surgido quando Gregório I, o Grande, em 590 d.C. transferiu o início da Quaresma para quarta-feira, antes do sexto domingo que precede a Páscoa. Ao domingo anterior deu o título de Dominica ad carne levandas, expressão que se teria sucessivamente abreviado para Carne levandas, Carne levale, Carne levamen, Carneval e Carnaval, todas variantes de dialectos italianos (milanês, siciliano, calabrês, etc...) e que significam acção de tirar, quer dizer: "tirar a carne", ou "adeus à carne". A terça-feira seria legitimamente a noite do Carnaval. Seria, em última análise, a permissão de se comer carne antes dos 40 dias de jejum (Quaresma).
NOTA: Aqui fica, mais uma vez, o meu contributo para o desenvolvimento do conhecimento e do saber, dos meus amigos krommus. Aproveito para desejar a todos os krommus foliões, um Carnaval muitíssimo divertido. Se precisarem de um Megafone, para anunciar o que vos der na real gana, é só pedir ao nosso folião-mor “Dr”.
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