SENSIBILIDADE E INDIGNAÇÃO
Em democracia, o direito à indignação é sagrado.
Este substantivo feminino (Indignação) verifica-se quando existe um sentimento de cólera ou de desprezo excitado por uma afronta, uma acção vergonhosa, uma injustiça frisante, etc. É desta forma que está explicitado o significado deste substantivo.
Adaptando as circunstâncias ao significado, verificamos que face ao “ocorrido”, não existiram sentimentos de cólera, de desprezo, de acção vergonhosa ou mesmo de injustiça frisante. O que poderá ter havido, no entendimento do visado foi um sentimento de afronta. No entanto, também por aqui, não me parece que tenha havido qualquer tipo de acto deliberado que mostrasse desrespeito ou qualquer outro acto ofensivo à dignidade de alguém. Mas, se quisermos prolongar estes argumentos, diria que a sua honra e integridade, nunca foram beliscadas. Em última análise, esta ignomínia (afronta pública), nunca se poderia ter verificado, visto que todos nós nos sentimos pessoas de bem e fiéis aos valores da amizade.
Numa vertente paralela à indignação, anda a sensibilidade ou, por vezes, a hipersensibilidade. Em termos psicológicos, pode-se dizer que o ser humano vive uma sensibilidade permanente, quer ela seja física, emocional ou mesmo sentimental. Cada um de nós, de acordo com a nossa personalidade, tem uma forma de sentir muito própria. Digamos que é como a impressão digital, é única. Esta sensibilidade pessoal é o resultado da observação directa ou indirecta da realidade que nos rodeia. Até aqui, nada de anormal se passa, o problema coloca-se quando o excesso de sensibilidade toma conta do indivíduo e este assume a vitimização de acordo com as circunstâncias ou condiciona directa ou indirectamente, a partir desse momento, aquele ou aqueles que supostamente criaram a “ocorrência”. Sem querer ferir as propaladas susceptibilidades a questão assume, ainda, outro patamar quando o referido excesso de sensibilidade pode gerar em nós um sentimento de indiferença ou frieza em relação a futuras situações. A esta interpretação, também podemos acrescentar que a referida indiferença pode ser uma forma de autoprotecção que a pessoa cria mas que, na realidade, não o protege de nada. Mais, esta indiferença pode impedir a pessoa de se relacionar de uma forma aberta, com medo de poderem surgir novas situações. Este sentimento, não é um exclusivo de determinadas pessoas, pode surgir em qualquer um de nós, com outro temperamento. No entanto, a forma de reagir é que diverge de pessoa para pessoa. Assim, podemos observar que uma determinada pessoa que seja mais melancólica e mais sensível, fica magoada e introspectiva, enquanto uma pessoa mais agressiva reage, gritando, vociferando, etc.
Do acima exposto se infere que aquilo que ocorreu foi simplesmente um acto deliberado de boa disposição e vitalidade. Espero que este texto ajude à reflexão e à concórdia e, afaste qualquer tipo de coacção. Para todos nós reflectirmos, recordo o que Platão proferiu à muitos anos atrás "Você pode descobrir mais sobre uma pessoa num momento de brincadeira do que num ano de conversa.”
Sendo a vida demasiado curta, divirtam-se e gozem o momento.
Tal como B. Obama, eu também digo “Yes we can!”
[Dr. Kanelada] 26.01.09
Em democracia, o direito à indignação é sagrado.
Este substantivo feminino (Indignação) verifica-se quando existe um sentimento de cólera ou de desprezo excitado por uma afronta, uma acção vergonhosa, uma injustiça frisante, etc. É desta forma que está explicitado o significado deste substantivo.
Adaptando as circunstâncias ao significado, verificamos que face ao “ocorrido”, não existiram sentimentos de cólera, de desprezo, de acção vergonhosa ou mesmo de injustiça frisante. O que poderá ter havido, no entendimento do visado foi um sentimento de afronta. No entanto, também por aqui, não me parece que tenha havido qualquer tipo de acto deliberado que mostrasse desrespeito ou qualquer outro acto ofensivo à dignidade de alguém. Mas, se quisermos prolongar estes argumentos, diria que a sua honra e integridade, nunca foram beliscadas. Em última análise, esta ignomínia (afronta pública), nunca se poderia ter verificado, visto que todos nós nos sentimos pessoas de bem e fiéis aos valores da amizade.
Numa vertente paralela à indignação, anda a sensibilidade ou, por vezes, a hipersensibilidade. Em termos psicológicos, pode-se dizer que o ser humano vive uma sensibilidade permanente, quer ela seja física, emocional ou mesmo sentimental. Cada um de nós, de acordo com a nossa personalidade, tem uma forma de sentir muito própria. Digamos que é como a impressão digital, é única. Esta sensibilidade pessoal é o resultado da observação directa ou indirecta da realidade que nos rodeia. Até aqui, nada de anormal se passa, o problema coloca-se quando o excesso de sensibilidade toma conta do indivíduo e este assume a vitimização de acordo com as circunstâncias ou condiciona directa ou indirectamente, a partir desse momento, aquele ou aqueles que supostamente criaram a “ocorrência”. Sem querer ferir as propaladas susceptibilidades a questão assume, ainda, outro patamar quando o referido excesso de sensibilidade pode gerar em nós um sentimento de indiferença ou frieza em relação a futuras situações. A esta interpretação, também podemos acrescentar que a referida indiferença pode ser uma forma de autoprotecção que a pessoa cria mas que, na realidade, não o protege de nada. Mais, esta indiferença pode impedir a pessoa de se relacionar de uma forma aberta, com medo de poderem surgir novas situações. Este sentimento, não é um exclusivo de determinadas pessoas, pode surgir em qualquer um de nós, com outro temperamento. No entanto, a forma de reagir é que diverge de pessoa para pessoa. Assim, podemos observar que uma determinada pessoa que seja mais melancólica e mais sensível, fica magoada e introspectiva, enquanto uma pessoa mais agressiva reage, gritando, vociferando, etc.
Do acima exposto se infere que aquilo que ocorreu foi simplesmente um acto deliberado de boa disposição e vitalidade. Espero que este texto ajude à reflexão e à concórdia e, afaste qualquer tipo de coacção. Para todos nós reflectirmos, recordo o que Platão proferiu à muitos anos atrás "Você pode descobrir mais sobre uma pessoa num momento de brincadeira do que num ano de conversa.”
Sendo a vida demasiado curta, divirtam-se e gozem o momento.
Tal como B. Obama, eu também digo “Yes we can!”
[Dr. Kanelada] 26.01.09
Dr. Kanelada:
ResponderEliminarTexto bem escrito,filosofico quanto basta....
Como disse o filósofo Aristóteles:
"socrates é meu amigo mas sou mais amigo da verdade"
Caros Krommáticos:
ResponderEliminarAcabei de ler o artigo do Dr. Kanelada e desde já aqui lhe deixo os meus sinceros parabéns, pois vem mesmo a propósito, após me ter apercebido dum certo mal-estar entre alguns de nós.
Ora o nosso espírito "coimbrinha", tem sempre uma "boca" para mandar, sem querer melindrar ou ofender alguém: as tertúlias servem para isso mesmo e criarmos um bate-papo engenhoso a fim de que haja sempre resposta para tudo.
Não se pode dissociar brincadeira de amizade, pois de quem não gostamos, não brincamos!
O sentimento de AMIZADE é muito levado a peito entre nós, e daí as pessoas que vêm de fora são muito bem integradas desde que alinhem neste espírito.
E é um sentimento tão forte que ele se sobrepõe a tudo: pessoas de diferentes credos, religiões, políticas, clubísticas serão sempre AMIGOS desde que se respeite cada um.
Um grande abraço Krommático para todos os KROMMUS.
VLADIMIRO
Gostei do texto, mas se o problema ainda é a "figura" reproduzida no blog, nada como para uma "vingança saudável" apresentarem uma "figura" do norte, que cá os Andrades sabem defender-se, sem ressentimentos e num espirito de "guerrilha desportiva".
ResponderEliminarSaudações
Grande penetração !!! Mandem lá vir a figura do norte !!!
ResponderEliminarSerá que li " guerrilha desportiva" ??
QUANTOS SÃO QUANTOS SÃO ???