terça-feira, 31 de maio de 2011

SÓRDIDO

Na entrevista, dada na Antena1, o actual presidente, vem agora falar do caso Jorge Costa de uma forma perfeitamente ignóbil. Muitas versões correram de boca em boca, algumas do foro pessoal. Mas não é disso que quero escrever, mas sim da forma como se refere ao caso, dizendo que o treinador trouxe instabilidade à equipa. Esquece-se este senhor que com ele à frente do balneário, a Briosa fez 19 pontos dos 30 que conseguiu até à última jornada. Não estivesse JC à frente da equipa e a Académica teria descido de divisão. Vangloria-se de termos ido até às meias-finais da Taça de Portugal, como se isso fosse um grande feito. Já não falando da gestão, que deixo para os mais apetrechados, falo da carreira de uma equipa que ao longo do seu mandato, só por três vezes descansou os seus sócios: quando Domingos nos tirou do último lugar, no segundo ano com um brilhante 7º., mas obra deste e não do presidente, com André Villas-Boas quando veio substituir esse grande treinador que dá pelo nome de Rogério Gonçalves escolhido pela direcção e nos tirou do último lugar e conseguiu fazer, com meio campeonato decorrido, um 10º. lugar. Com Jorge Costa, este ano, foi a salvação da época, pois as escolhas seguintes foram desastrosas. José Guilherme, como aqui disse em altura devida, tinha como "handicap" ser adjunto de Carlos Queirós, que como seleccionador foi uma lástima. Ulisses Morais teve a sorte de entrada, ao ganhar em Guimarães e aí salvou a época. Daí para a frente foi sempre com o credo na boca e a ajuda dos que desceram.
Curiosidade das curiosidades é Domingos e AVB treinadores do "descanso" só foram, um deles campeão este ano e vencedor da Liga Europa e o outro finalista e com um 2º. lugar o ano passado e este ano um 4º.
Mas gostaria de saber como se deu a saída de Domingos. Mas essa ainda há-de vir a lume!
Claro que acertou com estes mas alterou sempre para pior e depois de cometer muitas asneiras.
Mas fala com uma prosa de que teve muito mérito desportivo.
Francamente, tenha alguma moderação naquilo que diz!
José Maria Pedroto dizia que ficar em segundo era o primeiro dos últimos.
Não queremos nem devemos pensar em ser campeões, mas que devemos morder os calcanhares a quem quer ser, aí concordo!
Portanto, não se vanglorie de coisas que só lhe ficam mal.
Desportivamente, a sua gestão tem sido um fracasso.
Tem o desplante de agora atacar quem pretende ser ambicioso e falar mal de que queremos a Europa?
Mas se tem memória, lembre-se que foi a sua direcção que a prometeu, sem saber como se consegue isso. É um trabalho árduo, com conhecimentos profundos do futebol, manter uma espinha dorsal durante duas ou três épocas, ter uma voz de comando dentro do balneário (não a sua!), com relações normais com os outros clubes (coisa ao que parece, nem sabe o que é!) e instituições que gravitam à sua volta, enfim uma série de fundamentos que são necessários para se fazer uma equipa com um grande espírito ganhador.
Isto para não falar de uma formação, que tem muito que se lhe diga! Só para lhe lembrar que os juniores fizeram um bom campeonato no ano passado e este ano desceram de divisão. Porquê? Talvez explicasse aos sócios aquilo que foi mal explicado na referida entrevista!
A actual direcção não tem o mínimo perfil para estar à frente dos destinos da AAC-OAF, quer de gestão, social e desportiva.

1 comentário:

  1. Com esta personagem à frente dos destinos da Académica, corre-se o enorme risco de tudo o que ainda sobra de valor e memória académica, desaparecer. Isto já foi dito mas nunca é demais dizê-lo vezes sem conta, por forma a despertar os mais cépticos. Na verdade caro Vladimiro, tudo o que relata no seu texto, é a pura da realidade. De facto, para muitos académicos, não se pode e/ou deve ter ambição. Parece que o desejo de querer estar na Europa do futebol, só está ao alcance dos mais afortunados. Triste sina a nossa! Será que a Académica não consegue reunir forças e vontades para inverter esta situação de marasmo desportivo e social? Penso que sim!

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