segunda-feira, 30 de maio de 2011

OPINIÃO COM ROSTO


Em 25 de Abril de 1974, conseguiu-se obter uma mudança de políticas que nos deu a todos, a democracia, a liberdade de pensamento, a liberdade de expressão e a liberdade de escolha que nos permite hoje definirmos e podermos, sem sermos perseguidos como até aí, escolher coisas de que estávamos proibidos.
Tenho como livro de cabeceira, e como forma de estar actualizado, (pois as coisas estão como nessa altura!), “As Farpas” de Eça e Ramalho. E é sempre um livro de consulta, pois escrever o que lhes ia na alma, numa altura daquelas, não era fácil. No entanto estes dois Homens nunca deixaram de postar em todas as suas crónicas, os respectivos nomes, sem medos de que pudessem ser molestados.
Ora, para mim, tem sido um guia, pois tudo o que escrevo tem implícito a minha responsabilidade, a minha assinatura ou simplesmente o meu nome.
Não sei porque têm as pessoas receio de assumirem o que dizem, sem se esconderem atrás de um “anónimo”.
Já repararam que todos podemos ter esse nome?
Quando nasci foi-me dado um, o qual muito respeito! Claro que podia ser como tantos e escolher esse vazio de identidade, mas seria confundido com outros o que não me satisfaz nada. Mas, os meus Queridos Pais registaram-me com o nome de Vladimiro e é esse porque sou conhecido.
Nunca fui pessoa de “nim’s”! Ou sim ou não! Tipo “rolha” sem querer assumir os meus pensamentos com medo de algo, não contem comigo.
Há pouco tempo recebi um email com uma crónica do conceituado Prof. Amadeu Carvalho Homem, em que ele explicita o porquê de ir votar em branco nas próximas legislativas. É, de alguma forma, um artigo contundente, da forma como trata os deputados com assento na Assembleia da República. No entanto, arroga, não deixando de o assinar.
Felizmente hoje, independentemente de estar certo ou não, todos têm opinião, e não vai mal ao mundo se estivermos completamente enganados; mas não deixa de ser a nossa opinião!
Por outro lado, só os burros não mudam. Mas como nós, seres pensantes, não o somos, podemos a qualquer momento alterar as nossas opiniões, os nossos pensamentos e até fazermos uma “mea culpa”, perante o que escrevemos, porque se está mais exposto. Não se trata de sermos ridículos, mas mostra bem a nossa inteligência quando o fazemos.
Não estou com isto a criticar ninguém, mas sim a mostrar a minha opinião perante quem escreve ou assina como “anónimo”.
São, TAMBÉM, dignos de respeito, até porque, às vezes, é mais uma questão de pouco à vontade, do que qualquer outra coisa.
Mas reservo-me é o direito de EU não responder a esse tipo de pessoas (?).
Isto não é para levantar polémica ou celeuma à roda deste assunto. É simplesmente a minha forma de pensar e estar na vida, não tendo medo de que a censura venha atrás de mim. Porque essa, ao que sei, acabou!

Vladimiro




2 comentários:

  1. Que pena não haver comentários anónimos. Estou triste!

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  2. Reconheço que o texto é bastante completo, no que diz respeito a " rétórica " ,e refere alguma " "filosofia ", sobre democracia !!! No entanto, também verifico, que o mesmo (texto), se desenvolve essencialmente sobre o " anonimato " pecando por ignorar o conteúdo das mensagens ou comentários de quem opta (pelas mais variadas razões ) pelo anonimato, aquando da publicação dos mesmos !! Porque me parece que como em tudo o que conta é o " essencial " aguardarei que de futuro também haja por parte de quem assim entender vontade de escrever sobre esse mesmo " essencial " lembrando até lá, que muitas reconhecidas obras foram escritas por quem usou " pseudónimos " e nem por isso deixaram de obter a atenção por parte de quem as leu !! Também sei que cada um tem a " liberdade" de dirigir a atenção para o que mais lhe interessa. convém, ou menos o expõe. !!
    Até breve.........!!

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