sexta-feira, 20 de novembro de 2009

SER OU NÃO SER..."PURO"

Sem qualquer espécie de demagogia bacoca ou interpretações maliciosas, é comum dizer-se que ser “puro”, é ter na alma e nas acções, o amor por uma única camisola. Esta “teoria”, que é forçosamente aplicada aos apoiantes dos clubes e/ou instituições em que a sua dimensão a nível de associados é manifestamente inferior, pode aplicar-se à nossa Briosa. Devido a este facto, seria impensável que um adepto ferrenho do SLB tivesse como seu primeiro clube o EA porque, o mais comum é verificarmos o contrário. Neste âmbito, ainda há lugar para os envergonhados que dizendo ser apenas apoiantes de um único emblema, sorrateiramente, lá vão mostrando a sua simpatia por este ou aquele “grande” emblema.
Nos tempos áureos da Académica, havia alguma preocupação por parte dos mais velhos (progenitores ou não) no cultivo desta vertente desportiva, visto que a Instituição, o seu símbolo e a sua actuação, eram vistos como exemplos a seguir pelos mais novos.
Para ilustrar estas palavras, nada melhor do que esta foto gentilmente enviada por um elemento krommático, em que é possível verificarmos o elemento mais novo, a ser o porta-bandeira do grupo. Assim e, para que possamos perceber melhor o que é que motivou esta fotografia, passamos a transcrever alguns excertos do texto que a acompanhava.

“…Na época 54-55 ficámos em lugar para disputar a manutenção nos chamados jogos de competência e calhou-nos o Torriense. Fomos a Torres Vedras empatar 2-2 e ganhámos em Coimbra por 1-0, conseguindo assim ficarmos na 1ª. Desse jogo, em Torres Vedras, aqui vai um testemunho da ida com grandes Amigos e o meu Pai, onde eu era a mascote empunhando sempre a bandeira da nossa Académica.

Nesta foto quero recordar, da esquerda para a direita o Dr. Seabra Pinto, o meu Pai, Dr. Amaro (sentado no capô), Dr. Manuel Widaurro, eu, Dr. Leite da Silva e atrás o Sr. Germano. Como vêem, felizmente, o meu velhote educou-me bem e não poderia dar outra coisa se não, ACADÉMICA. É com bastante orgulho que vos mostro isto, pois com 5-6 anos já a Briosa me estava no sangue.

Perante este exemplo, com mais de meio século de existência, só há um caminho a seguir, ou seja, fazer passar esta cultura desportiva aos mais novos e, ao mesmo tempo, manter a chama da pura paixão pela nossa Académica.

1 comentário:

  1. Caros Krommus:
    As minhas filhas são sócias desde o dia em nasceram e tive o cuidado de lhes incutir a "bichinho" Académica e muito me orgulho disso, pois nunca as ouvi dizer que tinham simpatia por qualquer outro emblema. Empunham sempre, com algum orgulho, o seu cartão de sócias. Eu não poderia ter outra escolha se fui inserido neste espírito, como podem comprovar pela foto.
    E não vos posso explicar, por palavras, o orgulho que senti quando pela primeira vez vesti a camisola da Briosa oficialmente, apesar de ser um "Santo António"(isto é uma outra história!), e não ter sido nada no mundo do futebol, mas que a defendi com uma garra inexcedivel.
    Ainda hoje vivo a Académica com o mesmo fervor, apesar de se ter alterado muita coisa, mas o simbolo permanece.
    Tenho a preocupação de ver os resultados nas diversas modalidades onde este simbolo compete.
    Só me falta um rapaz (neto?) para o educar e acompanhar o avô todos os domingos e gritar e chorar pela Académica, como me aconteceu num célebre jogo Académica 1-lampiões 0! Golo de Faia por entre as pernas do Costa (Frangueiro) Pereira.
    E se isto continuar a AAC nunca acabará, seja quais forem as mudanças que sucedam ou que queiram que suceda.
    Obrigado Tião! Pode ser um estimulo para quem ver.
    Um abraço Krommático
    Vladimiro

    ResponderEliminar