terça-feira, 7 de setembro de 2010

SENTIMENTOS


O futebol também tem um lado sentimental. Sobre isso restam poucas dúvidas. No entanto, quando a bola começa a rolar, os jogadores colocam os sentimentos no bolso durante os 90 minutos. Tudo isto vem a propósito do embate entre a Académica e a Naval, que irá proporcionar o reencontro do guarda-redes Peiser com o emblema que representou até há bem pouco tempo e que, de resto, abriu-lhe as portas do futebol português. E o guardião francês não renega o passado e, até por isso, não esconde que o duelo com os figueirenses terá "uma grande diferença" em relação às três primeiras jornadas do campeonato, uma vez que irá reencontrar "algumas pessoas amigas".
De qualquer modo, esta até não será a primeira vez que o guarda-redes irá defrontar antigos clubes e lembra que "serão onze contra onze", portanto "não será diferente do habitual", o que leva à parte profissional de toda a questão: "É um encontro muito importante para a Académica, porque perdemos com o Beira-Mar e queríamos e devíamos ter ganho. A Naval deu-me a possibilidade de jogar na I Liga portuguesa, mas agora estou ao serviço da Académica e sou muito feliz aqui. Espero ganhar."
Apesar de conhecer bem o próximo adversário do conjunto conimbricense, Peiser prefere não destacar nenhum jogador em particular - "a Naval vale pelo seu colectivo", disse a este propósito -, nem sequer um compatriota, pois, como se sabe, a Naval é a equipa mais francófona dos campeonatos portugueses.
Atravessado parece estar ainda o desaire registado em Aveiro, mas o golo sofrido perto do intervalo abanou um pouco com os capas negras. Apesar disso, os três pontos perdidos serviram para o guarda-redes da Académica perceber que "a Liga Zon Sagres está muito mais competitiva", comparativamente à última época, e que em qualquer jogo "tudo é possível".

O Jogo
Ricardo Sousa

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