Tem-se falado muito no facto de ter desaparecido o Ministério da Cultura (retrocesso lamentável) mas, e o que dizer relativamente ao Ministério do Trabalho? É verdade, esta é a primeira vez desde o 25 de Abril de 1974 que não há um Ministério do Trabalho. É uma opção de base ideológica perigosa e sintomática do pensamento da direita.
Se o nosso quadro normativo-social – e consequente necessidade de concertação numa área tão fulcral – sempre justificaram um Ministério do Trabalho, nos tempos que correm parece mentira a inclusão da pasta numa misturada. Não é mentira, é verdade, é mau, é consequência de um pensamento político e é perigoso.
Salazar sempre recusou um Ministério do Trabalho (que existira na I República), por isso criou o subsecretariado de Estado das Corporações, depois Ministério das Corporações e Previdência Social.
Marcelo Caetano, esse perigoso liberal, criou no Ministério das Corporações uma subsecretaria de Estado do Trabalho.
O 25 de Abril de 1974 mudou o nome do Ministério das Corporações para Ministério do Trabalho.
Cavaco Silva, com uma aversão salazarenta ao Trabalho, mudou-lhe o nome para Ministério do Emprego e Segurança Social. Deixou de haver oficialmente trabalhadores, que passaram a ser designados empregados.
A. Guterres restabeleceu o Ministério do Trabalho e Segurança Social e reconheceu a existência dos trabalhadores.
Passos Coelho tirou da cartola uma solução ainda não experimentada: não só aboliu de novo a palavra Trabalho, como fez desaparecer o ministério em causa, cujas atribuições dissolveu no Ministério da Economia e Emprego. Desta forma, a "senhora" Segurança Social, divorciada do pérfido Trabalho, fica agora consorciada (já é permitida a união de entidades do mesmo sexo) com a "senhora" Solidariedade, muito católica e virtuosa.
Se o nosso quadro normativo-social – e consequente necessidade de concertação numa área tão fulcral – sempre justificaram um Ministério do Trabalho, nos tempos que correm parece mentira a inclusão da pasta numa misturada. Não é mentira, é verdade, é mau, é consequência de um pensamento político e é perigoso.
Salazar sempre recusou um Ministério do Trabalho (que existira na I República), por isso criou o subsecretariado de Estado das Corporações, depois Ministério das Corporações e Previdência Social.
Marcelo Caetano, esse perigoso liberal, criou no Ministério das Corporações uma subsecretaria de Estado do Trabalho.
O 25 de Abril de 1974 mudou o nome do Ministério das Corporações para Ministério do Trabalho.
Cavaco Silva, com uma aversão salazarenta ao Trabalho, mudou-lhe o nome para Ministério do Emprego e Segurança Social. Deixou de haver oficialmente trabalhadores, que passaram a ser designados empregados.
A. Guterres restabeleceu o Ministério do Trabalho e Segurança Social e reconheceu a existência dos trabalhadores.
Passos Coelho tirou da cartola uma solução ainda não experimentada: não só aboliu de novo a palavra Trabalho, como fez desaparecer o ministério em causa, cujas atribuições dissolveu no Ministério da Economia e Emprego. Desta forma, a "senhora" Segurança Social, divorciada do pérfido Trabalho, fica agora consorciada (já é permitida a união de entidades do mesmo sexo) com a "senhora" Solidariedade, muito católica e virtuosa.
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