domingo, 27 de setembro de 2009

BALÕES DE OXIGÉNIO & TIROS NO PÉ

Mais uma vez não se conseguiu ir além de um empate e o consequente pontinho neste dia de reflexão política e por que não, futebolística.
Face à actual situação em que a Académica se encontra só se teme que passados seis jogos, toda esta longa fase de “reflexão” não se transforme em penosa penitência e nos conduza, não à vida eterna mas ao destino que outrora conhecemos e que liminarmente rejeitamos. Com este panorama como pano de fundo, pouco importa se houve mais ou menos controlo do jogo, mais ou menos posse de bola, no que realmente esta equipa (incluindo o seu treinador) devia estar focalizada era na conquista de pontos pois, sem eles, nenhum objectivo poderá ser concretizado. Os adeptos, esses, continuam sem perceber como é que esta equipa técnica, liderada pelo Sr. Rogério Gonçalves, conseguiu em tão pouco tempo destruir um conjunto de jogadores que provaram dentro de campo saber jogar à bola e que tanto trabalho deu a construir. E, se quisermos ser mais rigorosos essa mesma equipa e o seu treinador, também passaram por dissabores e fortes contestações como foi o caso da espera que a Mancha Negra fez noite dentro no Bolão, após a derrota em Setúbal. Mas, ao recordar este episódio, também não podemos esquecer as palavras do então sub-capitão Miguel Pedro que, face a tanto descontentamento disse: “Vamos passar ao estado de alerta máximo a partir de agora” e, por coincidência, ou não, a Académica acabaria por vencer o jogo seguinte frente ao Marítimo por 3-1.
Provavelmente, nem o mais céptico dos adeptos esperaria que após seis jogos disputados, a Académica se encontrasse no último lugar da tabela classificativa, com apenas três pontos conquistados, resultantes de outros tantos empates.
Este jogo com o Rio Ave, que o técnico considerou antecipadamente de difícil resolução e que por isso só pensava em pontuar, é bem demonstrativo da ambição que, continuadamente, todas as declarações proferidas transmitem, ou seja, nenhuma. Assim, se analisarmos as suas palavras após o encontro, verificamos que este senhor, lamentavelmente, continua a dar “tiros no pé”. Desta vez vem lembrar-nos de que a Académica está numa situação desconfortável e que por esse facto, as coisas estão mais complicadas. Bem, perante isto, só temos que agradecer ao senhor Rogério Gonçalves por nos vir avivar a memória, uma vez que os sócios e demais adeptos têm andado este tempo todo distraídos ou a dormir. Mas não ficou por aqui esta disfunção verborreica. Como se não bastasse, ainda teve a distinta “lata” de dizer que, face à contestação e à pergunta do jornalista se este empate não seria um “balão de oxigénio”, respondeu “…Eu estou a respirar bem, não preciso de nenhum balão de oxigénio…”. Pois não, senhor Rogério Gonçalves, aquilo que o senhor precisa não são de balões de oxigénio, aquilo de que precisa, com urgência, é de ser reciclado ou quem sabe, aproveitar a onda das Novas Oportunidades e ir aprender algo mais. E quando diz que “ …Tenho a certeza que mais dia, menos dia vamos ganhar muitos pontos…”, os sócios e adeptos da Académica dizem ter a certeza de que mais dia, menos dia, o senhor irá “pregar” para outra freguesia, antes de “espetar” com a equipa na segunda liga.
Não restam dúvidas quanto à sua incapacidade de lidar e gerir recursos humanos. Na verdade, orientar homens é, antes de tudo, gerir sentimentos e emoções e não é com castigos do tipo de não dar folga aos jogadores, que estes se vão empenhar e aumentar os níveis de concentração. Mais, apresentar uma equipa de cada vez que a Académica joga, também não me parece que seja uma boa prática de gestão. Enfim, este modus operandi só será novidade, para aqueles que andarem um pouco distanciados destas coisas do futebol porque caso contrário, facilmente se poderá observar que este tipo de discurso, já tem “barbas” de tão velho e gasto de tanto uso.
Em jeito de rodapé, deixo aqui os principais feitos de um homem que se diz ter percorrido um trajecto desde o futebol distrital (onde a sua mensagem ainda vai passando) até à Europa do futebol. Foi campeão nacional pelo Limianos e Vianense, e esteve nas subidas do Varzim da 2ª Divisão à Liga de Honra em 2000/2001 e Naval à Superliga em 2005/2006. O grande problema deste senhor, que José Eduardo Simões possivelmente não reparou é que no escalão máximo raramente foi feliz, incluindo no Braga, tendo chegado ao fim do campeonato uma única vez, ao serviço da Naval na época de 2005/06.
Mais palavras para quê?

27.09.09
[Dr. Kanelada]




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